"A racemização é a reação química que interconverte um aminoácido no seu
enantiómero alternativo ou na sua forma de imagem espelhada. A taxa de racemização varia de aminoácido para aminoácido, de acordo com a capacidade dos grupos R de estabilizarem um intermediário de carbânion. O intermediário de carbânion é a molécula formada quando a cadeia lateral de hidrogénio é abstraída de um aminoácido. Num sistema ideal, após a readição do
átomo de hidrogénio ao intermediário carbónico, existe uma probabilidade igual de formação de l- e d-aminoácidos e as velocidades de reação direta e inversa são iguais. Nestas condições, d/l progride de valores próximos de zero nos tecidos modernos até d/l atingir a unidade no equilíbrio racémico. Uma consequência destas condições é o abrandamento da taxa de racemização à medida que a extensão da racemização aumenta - a tendência curvilínea caraterística produzida quando os rácios d/l são traçados contra o tempo linear."
Os D-aminoácidos são tão raros na natureza que as pessoas pensavam que nem sequer existiam, por isso a maior parte dos seres vivos utiliza apenas L-aminoácidos numa proporção de 100% e estes continuam a racemizar-se ao longo do tempo.