Tramadol Sleeping pills Red Discussão: Tramadol e pílulas para dormir

HEISENBERG

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Tramadol e pílulas para dormir

O tramadol é um analgésico de ação central, o que significa que atua no cérebro para aliviar a dor. É um pouco único entre os opioides devido ao seu duplo mecanismo de ação. Veja como ele funciona:
  1. Agonista do receptor opioide: O tramadol se liga ao receptor mu-opioide no cérebro, mas o faz com uma afinidade menor em comparação com outros opioides. Essa ligação dá início a uma série de reações bioquímicas que resultam no alívio da dor, principalmente por meio da inibição dos sinais de dor no sistema nervoso central.
  2. Inibidor da recaptação de serotonina e norepinefrina (SNRI): o tramadol também inibe a recaptação de dois importantes neurotransmissores no cérebro: a serotonina e a norepinefrina. Ao impedir a recaptação desses neurotransmissores, o Tramadol aumenta seus níveis na fenda sináptica e aprimora seus efeitos analgésicos e de elevação do humor. Essa ação é semelhante à de alguns antidepressivos, o que pode contribuir para os efeitos gerais de alívio da dor do Tramadol.
A combinação desses dois mecanismos contribui para a eficácia do Tramadol como analgésico. No entanto, é também por causa desses mecanismos que o Tramadol pode ter efeitos colaterais como náusea, tontura, boca seca e outros efeitos comumente associados aos opioides e aos SNRIs.

As pílulas para dormir, também conhecidas como sedativos-hipnóticos, são medicamentos usados para induzir ou manter o sono. Eles funcionam por meio de vários mecanismos, dependendo da classe do medicamento. Aqui estão alguns dos tipos e exemplos mais comuns, juntamente com uma breve explicação de como funcionam:
  • Benzodiazepínicos: Lorazepam (Ativan), Diazepam (Valium), Temazepam (Restoril). Os benzodiazepínicos aumentam a atividade do ácido gama-aminobutírico (GABA), um neurotransmissor no cérebro que promove a calma e o relaxamento. Ao aumentar os efeitos do GABA, os benzodiazepínicos ajudam a reduzir a atividade cerebral, facilitando o adormecimento.
  • Hipnóticos não benzodiazepínicos: Zolpidem (Ambien), Eszopiclone (Lunesta), Zaleplon (Sonata). Frequentemente chamados de "drogas Z", os hipnóticos não benzodiazepínicos também têm como alvo os receptores GABA, mas são mais seletivos em sua ação, concentrando-se em um subconjunto específico de receptores GABA. Essa seletividade ajuda a induzir o sono com potencialmente menos efeitos colaterais e menor risco de dependência do que os benzodiazepínicos.
  • Antidepressivos com efeitos sedativos: Trazodona, Mirtazapina (Remeron), Doxepina (Silenor). Alguns antidepressivos podem ter efeitos sedativos e são usados para tratar a insônia, especialmente quando acompanhada de depressão. Eles atuam por meio de vários mecanismos, como o bloqueio dos receptores de histamina, que podem promover a sedação, ou a modulação de outros neurotransmissores que afetam o sono e o humor.
  • Agonistas dos receptores de melatonina: Ramelteon (Rozerem). O Ramelteon funciona imitando a ação da melatonina, um hormônio que regula o ciclo sono-vigília. Ele tem como alvo específico os receptores de melatonina no cérebro, ajudando a regular o ritmo circadiano e a promover o início do sono.
  • Antagonistas dos receptores de orexina: Suvorexant (Belsomra). A orexina é um neurotransmissor que promove a vigília. Os antagonistas do receptor de orexina bloqueiam a ação da orexina, o que pode ajudar a reduzir a vigília e facilitar o início do sono.
Cada classe de pílulas para dormir tem seu próprio conjunto de possíveis efeitos colaterais e riscos, incluindo dependência e sintomas de abstinência. Além disso, esses medicamentos geralmente são recomendados para uso em curto prazo, pois o uso em longo prazo pode levar à tolerância e à dependência e potencialmente exacerbar os problemas de sono.

Quando o Tramadol e as pílulas para dormir são tomados juntos, podem ocorrer várias interações:
  1. Depressão do SNC: Tanto os opioides quanto os sedativos-hipnóticos deprimem as atividades do sistema nervoso central. A combinação deles pode amplificar esse efeito, levando a uma maior sedação, o que pode aumentar o risco de sedação profunda e tontura, depressão respiratória e até mesmo coma ou morte.
  2. Aumento do risco de síndrome da serotonina: Devido à capacidade do tramadol de aumentar os níveis de serotonina, a combinação com outros medicamentos (antidepressivos) que também afetam a serotonina pode aumentar o risco de síndrome da serotonina. Essa condição pode ser fatal e os sintomas incluem confusão, ritmo cardíaco acelerado, pressão alta, pupilas dilatadas, perda de coordenação muscular e outros.
Dados os mecanismos de ação, os efeitos centrais sinérgicos, a falta de potencial recreativo pronunciado e os riscos de complicações fatais, essa combinação não pode ser considerada válida nem mesmo para experimentos.

🔴 Considerando tudo isso, recomendamos evitar essa combinação sob quaisquer condições.
 
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