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Psilocibinas e maconha
A psilocibina é o composto ativo dos cogumelos psicodélicos. É principalmente um agonista do receptor de serotonina, visando particularmente o receptor 5-HT2A. Quando a psilocibina é ingerida, ela é convertida em psilocina, sua forma ativa, que influencia o humor, a cognição e a percepção.
A psilocibina induz estados alterados de consciência, caracterizados por mudanças no humor, na percepção sensorial, na percepção do tempo e nos padrões de pensamento. Esses efeitos podem ser profundos, levando a experiências espirituais ou introspectivas e, em um ambiente terapêutico, está sendo explorada para tratar doenças como depressão e TEPT. A psilocibina pode causar náusea, dor de cabeça, aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial. Do ponto de vista psicológico, pode causar ansiedade, paranoia e alucinações. Em alguns casos, pode precipitar ou exacerbar condições psiquiátricas.
O principal componente psicoativoda maconha é o THC (tetrahidrocanabinol), que atua nos receptores canabinoides (CB1 e CB2) no cérebro. O THC imita a ação da anandamida, um neurotransmissor de ocorrência natural, levando à modulação de vários sistemas de neurotransmissores, incluindo a dopamina e o GABA.
O THC causa relaxamento, alteração da percepção sensorial, euforia, aumento do apetite e comprometimento da memória e da coordenação motora. O CBD (canabidiol), outro componente da maconha, pode ter efeitos ansiolíticos e antipsicóticos.
A maconha pode causar boca seca, olhos vermelhos, memória de curto prazo prejudicada, aumento da frequência cardíaca, ansiedade e paranoia. O uso crônico pode estar associado a distúrbios motivacionais e outros problemas de saúde mental de longo prazo.
Interação entre a psilocibina e a maconha.
Benefícios em potencial:
- A combinação dessas substâncias pode potencialmente intensificar a experiência psicodélica, levando a efeitos perceptuais e cognitivos mais profundos.
- A maconha pode aliviar alguns dos desconfortos físicos, como náuseas, causados pela psilocibina.
A combinação pode afetar os sistemas serotoninérgico e canabinoide de forma complexa, podendo alterar o humor, a percepção e as funções cognitivas. O efeito sinérgico sobre a percepção sensorial e a cognição pode ser imprevisível e varia significativamente de pessoa para pessoa.
Riscos e efeitos colaterais:
- A combinação pode levar a um aumento da distorção sensorial e da confusão, o que pode ser perturbador ou levar à ansiedade e à paranoia.
- Psicologicamente, essa combinação pode ser imprevisível, podendo levar a experiências intensas, desconfortáveis ou angustiantes.
- Há um risco de exacerbação ou precipitação de condições psiquiátricas, especialmente em indivíduos com histórico pessoal ou familiar de psicose ou outros distúrbios de saúde mental.
A imprevisibilidade dos efeitos psicológicos, especialmente em termos de ansiedade, paranoia e a possibilidade de experiências negativas (bad trip), deve ser considerada com cuidado. Como ocorre com o uso de qualquer substância, as reações individuais podem variar muito, e fatores como dosagem, ambiente e psicologia individual desempenham papéis fundamentais na experiência geral.
Com base no exposto, podemos afirmar com cautela que essa combinação pode ser uma boa ideia em determinadas condições. Essa combinação requer muita experiência no trabalho com ambas as substâncias separadamente, conformidade com as dosagens mínimas, repetição rara e uma abordagem significativa.
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